
Aqui vale um parêntese do tipo ‘Saiba que...’ de canto de página de livro didático: o padroeiro de Lisboa, na verdade, é São Vicente, mas parece que não há grandes comemorações no seu dia...
Bueno, talvez o pobre não fosse tão carismático quanto o Antônio. Com todo o respeito.
Daí que perdi a conta do número de vezes em que ouvi frases do tipo “Essa é a melhor noite do ano em Lisboa”. De fato, a noite se transforma. Um mar de gente se espalha pelas ruas desiguais da capital portuguesa, que a essa altura já costuma estar com temperaturas agradáveis. O ponto mais importante da festa é a apresentação das Marchas Populares, as paradas realizadas na conhecida Avenida da Liberdade. Os bairros lisboetas competem entre si pelo desfile mais belo e animado. As fantasias e coreografias podem ter relação ou não com o bairro em questão. Em 2008 a vencedora foi Marvila.
No fim das marchas, as pessoas continuam nas ruas, bebendo cerveja e comendo sardinha até que a energia se esgote (ou a bebida acabe, o que vier primeiro), principalmente em regiões mais antigas da cidade, como Alfama. Os jovens são grande maioria. Tanto portugueses quanto estrangeiros interessados na ‘melhor noite de Lisboa’. Há música por todo o lado e alguns grupos de dança tradicionais aproveitam para se apresentar.
